Enquanto os Estados Unidos podem focar no aumento da sua influência na América Latina, a China continuará a ser um parceiro comercial e de investimentos próximo da maioria dos países da região.
PRODUTOS DE INVESTIMENTO: • NÃO SÃO GARANTIDOS PELO FDIC • SEM GARANTIA BANCÁRIA • PODEM PERDER VALOR Essas informações são fornecidas apenas para fins informativos. Acreditamos que as informações contidas neste vídeo são confiáveis; no entanto, não representamos ou garantimos sua precisão, confiabilidade ou integridade, nem aceitamos qualquer responsabilidade por qualquer perda ou dano decorrente do uso de qualquer informação neste vídeo. As opiniões aqui expressas são dos palestrantes e podem diferir das de outros funcionários do J.P. Morgan e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio. Nada neste vídeo tem a intenção de constituir uma representação de que qualquer produto ou estratégia é adequado para você. Nada neste documento deve ser considerado como uma oferta, solicitação, recomendação ou conselho (seja financeiro, contábil, legal, fiscal ou outro) dado por J.P. Morgan e / ou seus executivos ou funcionários para você. Você deve consultar seus consultores profissionais independentes sobre questões contábeis, jurídicas ou tributárias. Contate sua equipe do J.P. Morgan para informações adicionais e orientação sobre seus objetivos pessoais de investimento. |
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TITLE CARD: O papel da América Latina no conflito entre EUA e China Uma conversa entre o J.P. Morgan e a The Economist Intelligence Unit
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Christophe Aba Head de Investimentos do J.P. Morgan Private Bank, América Latina
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Chris Aba: A ascensão da China é provavelmente um dos eventos geopolíticos mais importantes do século 21. Poucas regiões no mundo são tão suscetíveis e impactadas pelo conflito entre Estados Unidos e China do que a América Latina. Para nos ajudar a analisar os riscos e oportunidades apresentados à América Latina pelo conflito EUA-China, hoje vou conversar com John Ferguson, da The Economist Intelligence Unit. |
Equilíbrio delicado: o impacto do conflito EUA-China na América Latina |
Chris Aba: John, você recentemente escreveu um artigo para o J.P. Morgan Private Bank chamado: “Um delicado ato de equilíbrio: o impacto do conflito EUA-China na América Latina". Historicamente, os relacionamentos entre a América Latina e o restante do mundo foram dominados pelas relações comerciais. John, como o aumento da tensão entre EUA e China impactou a América Latina? |
John Ferguson Global Practice Lead de globalização, comércio e finanças, The Economist Intelligence Unit |
John Ferguson: Obrigado, Chris. Acredito que as relações entre Estados Unidos e China estão impactando os países latino-americanos de diversas formas. Temos a guerra comercial entre EUA e China, que ainda está em andamento. E acredito que todos nós deveríamos reconhecer que, mesmo com um novo governo nos EUA, essa guerra ainda continuará acontecendo e vai se desenvolver de outras formas. Então, há várias áreas de atenção na América Latina para investidores e legisladores, relativas a essa rivalidade poderosa.
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Chris Aba: O governo anterior dos EUA tinha, claramente, uma agenda mais interna, e pode-se dizer que relativamente desengajada da América Latina, na melhor das hipóteses. Temos um novo presidente que recentemente tomou posse e está colocando em prática suas políticas. Você acredita que a ascensão da China e seu papel na América Latina pode ser vista como uma ameaça?
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John Ferguson: Acredito. Pelo menos um desafio importante e provavelmente o maior desafio de política externa. Então, diferentemente do Sr. Trump, que tinha uma forte abordagem que colocava os EUA em primeiro lugar, o Sr. Biden e seu governo terão uma abordagem muito mais multilateral em relação ao mundo. E isso significa encontrar aliados que pensam da mesma forma ao redor do mundo e enfrentar a China em áreas como a Nova Rota da Seda, por exemplo. Como em áreas como 5G e implantação de infraestrutura de telecomunicação. E isso certamente está se refletindo na América Latina. Então essa é uma área importante de atenção, pois os países realmente precisam encontrar o equilíbrio entre tentar não irritar os EUA, mas também manter o bom relacionamento comercial e de investimentos com a China. |
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Chris Aba: Eu gostaria de falar sobre uma das oportunidades agora. A terceirização de nearshoring tem sido muito discutida. É algo realista para as empresas trazer suas cadeias de suprimentos para mais perto da América Latina? E é realista para a América Latina competir com as economias da Ásia? |
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John Ferguson: É uma questão muito mais ampla e profunda. Você mencionou commodities. O histórico comercial é realmente importante. As exportações de commodities cresceram imensamente da América Latina para a China nos últimos anos. Chegando ao ponto de a China ser o maior parceiro comercial para muitos países latino-americanos. O México fica meio de fora aqui, mas para muitos países latino-americanos, a China é a principal fonte de exportações. Mas é mais profundo que isso. E mais amplo. Financiamentos. Investimentos da China. Já mencionei a Nova Rota da Seda. Isso também. Nos últimos 10 anos, eu vi muitos investimentos e financiamentos dos tão-chamados bancos institucionais da China. O Export-Import Bank. O Banco de Desenvolvimento da China. O ápice foi por volta de 2010, e tem declinado lentamente, mas também estamos vendo esse relacionamento evoluir. E agora vemos mais financiamentos e atividades financeiras pelo setor privado. Vemos, por exemplo, muito mais fusões e aquisições. E também há a diplomacia e o desenvolvimento da vacina. Então, a influência e o papel da China vai além do comércio, além do investimento e agora abrange a vacina e a diplomacia da vacina também. |
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Chris Aba: Recentemente, a China publicou seu novo plano para os próximos cinco anos. A sustentabilidade está no centro desse plano. A China pretende limitar as emissões de carbono até 2030 e se tornar neutra em carbono até 2060. E é claro que isso possivelmente terá um grande impacto na América Latina. Como você acredita que o foco renovado da China na sustentabilidade pode impactar a cadeia de suprimentos da América Latina? |
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John Ferguson: É, realmente tem um impacto considerável. E eu penso principalmente nos exportadores de energia: Brasil, Venezuela e Colômbia, por exemplo. A China então deve vir forte nesse sentido. A sustentabilidade é um assunto importante, mas a segurança energética é um tema-chave para a economia e os legisladores chineses. Atualmente, a China recebe a maior parte do seu petróleo da Rússia e da Arábia Saudita, e o gás natural, do Turcomenistão. Isso, a longo prazo, pode levantar questões sobre relacionamentos com exportadores da América Latina, mas vejo isso de maneira mais ampla e profunda: a China virá com tudo nas energias renováveis, além de ter muita capacidade, habilidade e oportunidade de desenvolver seu próprio mercado de energia renovável. Então, para mim, agora na verdade há muitas dúvidas, muitos desafios para os exportadores de energia latino-americanos para a economia chinesa no médio prazo. |
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Chris Aba: John, muito obrigado. O conflito entre os EUA e a China não vai desaparecer. Por isso, esta deve ser a primeira de muitas conversas que teremos sobre este tópico. Quero agradecer a todos por assistirem e caso tenham qualquer dúvida em relação ao que discutimos hoje, por favor, entrem em contato com a sua equipe do J.P. Morgan. |
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J.P. Morgan Private Bank Logo |
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INFORMAÇÕES IMPORTANTES Todas as empresas citadas são mostradas apenas com propósitos ilustrativos, e não têm a intenção de serem recomendações ou indicações da J.P. Morgan neste contexto. Este material é meramente informativo e pode informá-lo sobre alguns produtos e serviços oferecidos pelas empresas de gestão de patrimônio da J.P. Morgan, parte da JPMorgan Chase & Co. (“JPM”). Leia todas as Informações Importantes.
RISCOS E CONSIDERAÇÕES GERAIS As visões, estratégias ou produtos discutidos neste material podem não ser adequados a todas as pessoas e estão sujeitos a riscos. Os investidores podem receber menos do que investiram e o desempenho no passado não é um indicativo confiável de resultados futuros. A alocação de ativos não garante lucro ou protege contra perdas. Nenhum item deste material deve ser utilizado de forma isolada com o objetivo de tomar uma decisão de investimento. Você deve avaliar cuidadosamente se os serviços, produtos, classes de ativos (ex.: títulos, renda fixa, investimentos alternativos, commodities, etc.) ou estratégias discutidas estão adequados às suas necessidades. Também é necessário considerar os objetivos, riscos, encargos e despesas associados a um serviço, produto ou estratégia de investimento antes de tomar uma decisão de investimento. Para isso e para informações mais completas, inclusive discussões sobre os seus objetivos/situação, entre em contato com a sua equipe do J.P. Morgan.
NÃO-COMPROMETIMENTO Algumas informações contidas neste material são consideradas confiáveis; entretanto, o JPM não garante a sua exatidão, confiabilidade ou completude, nem se responsabiliza por perdas ou danos (diretos ou indiretos) resultantes do uso de todo ou de parte deste material. Não fazemos declaração ou garantia alguma referente aos cálculos, gráficos, tabelas, diagramas ou comentários neste material, que são fornecidos apenas com propósitos ilustrativos/de referência. As visões, opiniões, estimativas e estratégias expressas neste material constituem nossa avaliação com base nas atuais condições de mercado e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio. O JPM não assume qualquer obrigação de atualizar as informações neste material caso essas venham a mudar. Visões, opiniões, estimativas e estratégias expressas no presente documento podem diferir daquelas expressas por outras áreas do JPM, visões expressas em outros contextos e para outros fins, e este material não deve ser considerado um relatório de pesquisa. Os resultados e riscos projetados estão embasados exclusivamente nos exemplos hipotéticos citados, e resultados e riscos reais poderão variar dependendo das condições específicas. Declarações prospectivas não devem ser consideradas garantias ou previsões de eventos futuros. Este documento não deve ser interpretado como resultando em algum dever de diligência ou relacionamento de consultoria com você ou algum terceiro. Nada neste documento deve ser entendido como uma oferta, solicitação, recomendação ou assessoria (seja financeira, contábil, jurídica, fiscal ou outros) dada pelo J.P. Morgan e/ou seus diretores ou empregados, independentemente de esta comunicação ter sido fornecida por solicitação sua. O J.P. Morgan e suas coligadas e empregados não oferecem assessoria fiscal, jurídica ou contábil. Você deve consultar os seus próprios assessores fiscais, jurídicos ou contábeis antes de efetuar alguma transação financeira.
INFORMAÇÃO IMPORTANTE SOBRE SEUS INVESTIMENTOS E POTENCIAIS CONFLITOS DE INTERESSE Os conflitos de interesse surgem quando a JPMorgan Chase Bank, N.A. ou alguma de suas afiliadas (juntos, “J.P. Morgan”) têm um incentivo econômico ou de outra espécie, real ou percebido, na gestão dos portfólios de nossos clientes para agir de forma a beneficiar a J.P. Morgan. Os conflitos resultarão, por exemplo (desde que as seguintes atividades sejam permitidas na sua conta): (1) quando o J.P. Morgan investe em um produto de investimento, como um fundo mútuo, produto estruturado, conta gerida separadamente ou fundo hedge emitido ou gerido por JPMorgan Chase Bank, N.A. ou uma coligada, tal como a J.P. Morgan Investment Management Inc.; (2) quanto uma entidade do J.P. Morgan obtém serviços, incluindo a execução e compensação de transações, de uma coligada; (3) quando o J.P. Morgan recebe pagamento como resultado da compra de um produto de investimento para a conta de um cliente; ou (4) ou quando o J.P. Morgan recebe pagamento pela prestação de serviços (incluindo serviços a acionistas, registros e custódia) em relação a produtos de investimentos adquiridos para o portfólio de um cliente. Outros conflitos resultarão do relacionamento que o J.P. Morgan tem com outros clientes ou quando o J.P. Morgan age em nome próprio.
As estratégias de investimentos são selecionadas tanto de gestores de ativos do J.P. Morgan e de terceiros, e estão sujeitas a processos de avaliação pelas nossas equipes de pesquisa gerenciais. Dessa gama de estratégias, nossas equipes de construção de portfólio selecionam aquelas estratégias que acreditamos serem adequadas aos seus objetivos de alocação de ativos e visões de futuro, de forma a atender o objetivo de investimento do portfólio.
De maneira geral, preferimos as estratégias geridas pelo J.P. Morgan. Esperamos que a proporção das estratégias geridas pelo J.P. Morgan sejam altas (na verdade, até 100 por cento) em estratégias como, por exemplo, renda fixa de alta qualidade e à vista, sujeita à legislação aplicável e quaisquer considerações específicas de conta.
Apesar de nossas estratégias geridas internamente geralmente se alinharem bem com nossas visões de futuro, e estarmos familiarizados com os processos de investimento, assim como com a filosofia de risco e compliance da empresa, é importante notar que o J.P. Morgan recebe mais comissões gerais quando estratégias geridas internamente são incluídas. Oferecemos a opção de escolher excluir estratégias geridas pelo J.P. Morgan (que não os produtos de liquidez e à vista) em alguns portfólios.
O Fundos Six Circles são fundos mútuos registrados nos EUA, gerenciados pelo J.P. Morgan e sub-assessorados por terceiros. Apesar de consideradas estratégias gerenciadas internamente, JPMC não cobra uma taxa por gestão de fundos ou outros serviços de fundos.
PESSOA JURÍDICA, MARCA E INFORMAÇÕES REGULATÓRIAS Nos Estados Unidos, contas de depósito bancário e serviços relacionados, tais como contas correntes, investimentos e empréstimos bancários, são oferecidos por JPMorgan Chase Bank, N.A. Associada à FDIC.
O JPMorgan Chase Bank, N.A. e suas coligadas (coletivamente “JPMCB”) oferecem produtos de investimento, que podem incluir contas de investimento geridas pelo banco e de custódia, como parte de seus produtos de trust e fiduciários. Outros produtos e serviços de investimento, tais como contas de consultoria e corretagem, são oferecidos através do J.P. Morgan Securities LLC (“JPMS”), associado da FINRA e SIPC. Anuidades estão disponíveis por meio da Chase Insurance Agency, Inc. (CIA), uma agência de seguros licenciada, operando como Chase Insurance Agency Services, Inc., na Flórida. JPMCB e JPMS são empresas coligadas sob o controle comum de JPMorgan Chase & Co. Os produtos não estão disponíveis em todos os estados.
Em Luxemburgo, este material é emitido pelo J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A (JPMBL), com sede à European Bank and Business Centre, 6 route de Treves, L-2633, Senningerberg, Luxemburgo. R.C.S Luxembourg B10.958. Autorizado e regulamentado pela Comissão de Vigilância do Setor Financeiro (a CSSF) e sob supervisão conjunta do Banco Central Europeu (o BCE) e a CSSF. O J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A. é uma instituição de crédito autorizada em consonância com a Lei de 5 de abril de 1993. No Reino Unido, este material é publicado por J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A., London Branch, registrado à: 25 Bank Street, Canary Wharf, London E14 5JP. Autorizado e regulamentado pela Comissão de Vigilância do Setor Financeiro (a CSSF) e sob supervisão conjunta do Banco Central Europeu (o BCE) e a CSSF. Considerado autorizado pela Prudential Regulation Authority. Sujeito a regulamentação limitada pela Financial Conduct Authority e a Prudential Regulation Authority. Informações sobre o Regime de Permissões Temporárias, que permite que empresas baseadas em países do EEE operem no Reino Unido por um período limitado de tempo, enquanto buscam autorização integral, estão disponíveis no website da Financial Conduct Authority. Na Espanha, este material é distribuído pelo J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A., Filial da Espanha, com sede em Paseo de la Castellana, 31, 28046 Madri, Espanha. O J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A., Filial da Espanha está registrado sob o número 1516 no cadastro administrativo do Banco da Espanha e supervisionado pela Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários da Espanha (a CNMV). Na Alemanha, este material é distribuído pelo J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A., Filial Frankfurt, com sede à 1 (TaunusTurm), 60310 Frankfurt, Alemanha, sob supervisão conjunta da Comissão de Vigilância do Setor Financeiro (a CSSF) e do Banco Central Europeu (BCE) e, em certas áreas, também é supervisionado pela Bundesanstalt für Finanzdienstleistungsaufsicht (a BaFin). Na Itália, este material é distribuído pelo J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A– Filial Milão sede à Via Cordusio 3, Milão 20123, Itália e regulada pelo Banco da Itália e a Commissione Nazionale per le Società e la Borsa (a CONSOB). Na Holanda, este material é distribuído por J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A., Amsterdam Branch, com escritório registrado em World Trade Centre, Tower B, Strawinskylaan 1135, 1077 XX, Amsterdam, The Netherlands. J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A., Amsterdam Branch é autorizado e regulamentado pela Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF) e supervisionado em conjunto pelo Banco Central Europeu (BCE) e a CSSF; J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A., Amsterdam Branch também é autorizado e supervisionado pelo De Nederlandsche Bank (DNB) e a Autoriteit Financiële Markten (AFM) nos Países Baixos. Registrado no Kamer van Koophandel com filial do J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A. sob o número de registro 71651845. Na Dinamarca, este material é distribuído por J.P. Morgan Bank Luxembourg, Copenhagen Br, filial af J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A. com escritório registrado à Kalvebod Brygge 39-41, 1560 København V, Denmark. J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A., Copenhagen Br, filial do J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A. é autorizado e regulamentado pela Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF) e supervisionado conjuntamente pelo Banco Central Europeu (o BCE) e a CSSF. J.P. Morgan Bank Luxembourg, Copenhagen Br, filial do J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A. também está sujeito à supervisão de Finanstilsynet (Danish FSA) e registrado no Finanstilsynet como um escritório do J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A. sob o código 29009. Na Suécia, este material é distribuído por J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A., Stockholm Bankfilial, com escritório registrado à: Hamngatan 15, Stockholm, 11147, Sweden. J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A., Stockholm Bankfilial é autorizado e regulamentado pela Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF) e supervisionado em conjunto pelo Banco Central Europeu (BCE) e a CSSF. J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A., Stockholm Branch também está sujeito à supervisão de Finansinspektionen (Swedish FSA). Registrado no Finansinspektionen como filial do J.P. Morgan Bank Luxembourg S.A. Na França, este material é distribuído pelo JPMorgan Chase Bank, N.A. (“JPMCB”), filial Paris, que é regulamentado pelas autoridades bancárias francesas, Autorité de Contrôle Prudentiel et de Résolution and Autorité des Marchés Financiers. Na Suíça, este material é distribuído por J.P. Morgan (Suisse) SA, que é regulamentado na Suíça pela Swiss Financial Market Supervisory Authority (FINMA).
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Em relação aos países da América Latina, a distribuição deste material pode estar restrita a algumas jurisdições. Podemos oferecer e/ou vender valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros que podem não estar registrados em, e que não estejam sujeitos a uma oferta pública conforme as leis ou outros instrumentos de regulamentação de valores mobiliários ou outras normas financeiras em seu país. Esses valores mobiliários ou instrumentos são oferecidos e/ou vendidos apenas de forma privada. Qualquer comunicação de nossa parte em relação a esses valores mobiliários ou instrumentos, incluindo, sem limitação, a entrega de prospectos, cartas de intenções ou outros documentos de ofertas, não constituindo de nossa parte uma oferta de venda ou solicitação de uma oferta de compra de quaisquer valores mobiliários ou instrumentos em qualquer jurisdição na qual essa oferta ou solicitação seja ilegal. Além disso, esses valores mobiliários ou instrumentos podem estar sujeitos a determinadas restrições regulamentares ou contratuais na transferência subsequente por você e você é o único responsável por verificar e cumprir essas restrições. Caso este conteúdo faça referência a um fundo, o fundo pode não ser oferecido publicamente em países da América Latina sem registro prévio dos valores mobiliários desse fundo em conformidade com as leis da jurisdição correspondente. É vedada a oferta pública de qualquer valor mobiliário, incluindo as ações do fundo, sem registro prévio na CVM- Comissão de Valores Mobiliários Brasileira. Alguns produtos e serviços contidos nos materiais não podem ser oferecidos atualmente pelas plataformas brasileira e mexicana.
Na Austrália, J.P. Morgan Chase Bank, N.A. (JPMCBNA)(ABN 43 074 112 011/AFS Licença No: 238367) é regulado pela Australian Securities and Investment Commission e a Australian Prudential Regulation Authority. O material fornecido pelo JPMCBNA na Austrália é destinado apenas a "clientes institucionais".
JPMS é uma marca empresa estrangeira registrada (no exterior) (ARBN 109293610) constituída no estado de Delaware, EUA. Conforme as exigências de licenciamento de serviços financeiros da Austrália, para se prestar serviços financeiros na Austrália, o provedor de serviços financeiros, como a J.P. Morgan Securities LLC (JPMS) deve deter a devida licença (Australian Financial Services Licence - AFSL), a menos que haja alguma isenção aplicável. A JPMS está isenta da exigência de possuir uma AFSL por força da lei Corporations Act 2001 (Cth) (Act) para os serviços financeiros que presta a você e é regulada pela SEC, FINRA e CFTC, conforme a legislação dos EUA, que difere da legislação australiana. O material fornecido pela JPMS na Austrália é destinado apenas a "clientes institucionais". A informação fornecida neste material não pretende ser, e não deve ser, distribuída ou passada adiante, direta ou indiretamente, a qualquer outra classe de pessoas na Austrália. Para os fins deste parágrafo, o termo "cliente institucional" tem o significado dado na seção 761G da Lei. Por favor, informe-nos imediatamente caso não seja um "cliente institucional" atualmente ou caso deixe de sê-lo em algum momento no futuro.
Este material não foi criado especificamente para investidores australianos. Este material: Pode conter referências a valores em dólar que não sejam dólares australianos; Pode conter informações financeiras que não tenham sido elaboradas em conformidade com as práticas ou leis australianas; Pode não endereçar os riscos associados a se investir em investimentos em moeda estrangeira; e Não aborda questões tributárias da Austrália. Referências a “J.P. Morgan” são ao JPM e subsidiárias e coligadas no mundo todo. “J.P. Morgan Private Bank” é o nome da marca dos negócios de private banking conduzidos pelo JPM. Este material é para o seu uso pessoal e não deve ser circulado ou utilizado por alguma outra pessoa, ou copiado para uso não pessoal, sem a nossa permissão. Em caso de dúvidas ou se não desejar mais receber estes comunicados, entre em contato com a sua equipe do J.P. Morgan.
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Chris Aba: A ascensão da China é provavelmente um dos eventos geopolíticos mais importantes do século 21. Poucas regiões no mundo são tão suscetíveis e impactadas pelo conflito entre Estados Unidos e China do que a América Latina. Para nos ajudar a analisar os riscos e oportunidades apresentados à América Latina pelo conflito EUA-China, hoje vou conversar com John Ferguson, da The Economist Intelligence Unit. |
Equilíbrio delicado: o impacto do conflito EUA-China na América Latina |
Chris Aba: John, você recentemente escreveu um artigo para o J.P. Morgan Private Bank chamado: “Um delicado ato de equilíbrio: o impacto do conflito EUA-China na América Latina". Historicamente, os relacionamentos entre a América Latina e o restante do mundo foram dominados pelas relações comerciais. John, como o aumento da tensão entre EUA e China impactou a América Latina? |
John Ferguson Global Practice Lead de globalização, comércio e finanças, The Economist Intelligence Unit |
John Ferguson: Obrigado, Chris. Acredito que as relações entre Estados Unidos e China estão impactando os países latino-americanos de diversas formas. Temos a guerra comercial entre EUA e China, que ainda está em andamento. E acredito que todos nós deveríamos reconhecer que, mesmo com um novo governo nos EUA, essa guerra ainda continuará acontecendo e vai se desenvolver de outras formas. Então, há várias áreas de atenção na América Latina para investidores e legisladores, relativas a essa rivalidade poderosa.
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Chris Aba: O governo anterior dos EUA tinha, claramente, uma agenda mais interna, e pode-se dizer que relativamente desengajada da América Latina, na melhor das hipóteses. Temos um novo presidente que recentemente tomou posse e está colocando em prática suas políticas. Você acredita que a ascensão da China e seu papel na América Latina pode ser vista como uma ameaça?
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John Ferguson: Acredito. Pelo menos um desafio importante e provavelmente o maior desafio de política externa. Então, diferentemente do Sr. Trump, que tinha uma forte abordagem que colocava os EUA em primeiro lugar, o Sr. Biden e seu governo terão uma abordagem muito mais multilateral em relação ao mundo. E isso significa encontrar aliados que pensam da mesma forma ao redor do mundo e enfrentar a China em áreas como a Nova Rota da Seda, por exemplo. Como em áreas como 5G e implantação de infraestrutura de telecomunicação. E isso certamente está se refletindo na América Latina. Então essa é uma área importante de atenção, pois os países realmente precisam encontrar o equilíbrio entre tentar não irritar os EUA, mas também manter o bom relacionamento comercial e de investimentos com a China. |
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Chris Aba: Eu gostaria de falar sobre uma das oportunidades agora. A terceirização de nearshoring tem sido muito discutida. É algo realista para as empresas trazer suas cadeias de suprimentos para mais perto da América Latina? E é realista para a América Latina competir com as economias da Ásia? |
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John Ferguson: É uma questão muito mais ampla e profunda. Você mencionou commodities. O histórico comercial é realmente importante. As exportações de commodities cresceram imensamente da América Latina para a China nos últimos anos. Chegando ao ponto de a China ser o maior parceiro comercial para muitos países latino-americanos. O México fica meio de fora aqui, mas para muitos países latino-americanos, a China é a principal fonte de exportações. Mas é mais profundo que isso. E mais amplo. Financiamentos. Investimentos da China. Já mencionei a Nova Rota da Seda. Isso também. Nos últimos 10 anos, eu vi muitos investimentos e financiamentos dos tão-chamados bancos institucionais da China. O Export-Import Bank. O Banco de Desenvolvimento da China. O ápice foi por volta de 2010, e tem declinado lentamente, mas também estamos vendo esse relacionamento evoluir. E agora vemos mais financiamentos e atividades financeiras pelo setor privado. Vemos, por exemplo, muito mais fusões e aquisições. E também há a diplomacia e o desenvolvimento da vacina. Então, a influência e o papel da China vai além do comércio, além do investimento e agora abrange a vacina e a diplomacia da vacina também. |
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Chris Aba: Recentemente, a China publicou seu novo plano para os próximos cinco anos. A sustentabilidade está no centro desse plano. A China pretende limitar as emissões de carbono até 2030 e se tornar neutra em carbono até 2060. E é claro que isso possivelmente terá um grande impacto na América Latina. Como você acredita que o foco renovado da China na sustentabilidade pode impactar a cadeia de suprimentos da América Latina? |
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John Ferguson: É, realmente tem um impacto considerável. E eu penso principalmente nos exportadores de energia: Brasil, Venezuela e Colômbia, por exemplo. A China então deve vir forte nesse sentido. A sustentabilidade é um assunto importante, mas a segurança energética é um tema-chave para a economia e os legisladores chineses. Atualmente, a China recebe a maior parte do seu petróleo da Rússia e da Arábia Saudita, e o gás natural, do Turcomenistão. Isso, a longo prazo, pode levantar questões sobre relacionamentos com exportadores da América Latina, mas vejo isso de maneira mais ampla e profunda: a China virá com tudo nas energias renováveis, além de ter muita capacidade, habilidade e oportunidade de desenvolver seu próprio mercado de energia renovável. Então, para mim, agora na verdade há muitas dúvidas, muitos desafios para os exportadores de energia latino-americanos para a economia chinesa no médio prazo. |
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Chris Aba: John, muito obrigado. O conflito entre os EUA e a China não vai desaparecer. Por isso, esta deve ser a primeira de muitas conversas que teremos sobre este tópico. Quero agradecer a todos por assistirem e caso tenham qualquer dúvida em relação ao que discutimos hoje, por favor, entrem em contato com a sua equipe do J.P. Morgan. |
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INFORMAÇÕES IMPORTANTES Todas as empresas citadas são mostradas apenas com propósitos ilustrativos, e não têm a intenção de serem recomendações ou indicações da J.P. Morgan neste contexto. Este material é meramente informativo e pode informá-lo sobre alguns produtos e serviços oferecidos pelas empresas de gestão de patrimônio da J.P. Morgan, parte da JPMorgan Chase & Co. (“JPM”). Leia todas as Informações Importantes.
RISCOS E CONSIDERAÇÕES GERAIS As visões, estratégias ou produtos discutidos neste material podem não ser adequados a todas as pessoas e estão sujeitos a riscos. Os investidores podem receber menos do que investiram e o desempenho no passado não é um indicativo confiável de resultados futuros. A alocação de ativos não garante lucro ou protege contra perdas. Nenhum item deste material deve ser utilizado de forma isolada com o objetivo de tomar uma decisão de investimento. Você deve avaliar cuidadosamente se os serviços, produtos, classes de ativos (ex.: títulos, renda fixa, investimentos alternativos, commodities, etc.) ou estratégias discutidas estão adequados às suas necessidades. Também é necessário considerar os objetivos, riscos, encargos e despesas associados a um serviço, produto ou estratégia de investimento antes de tomar uma decisão de investimento. Para isso e para informações mais completas, inclusive discussões sobre os seus objetivos/situação, entre em contato com a sua equipe do J.P. Morgan.
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Apesar de nossas estratégias geridas internamente geralmente se alinharem bem com nossas visões de futuro, e estarmos familiarizados com os processos de investimento, assim como com a filosofia de risco e compliance da empresa, é importante notar que o J.P. Morgan recebe mais comissões gerais quando estratégias geridas internamente são incluídas. Oferecemos a opção de escolher excluir estratégias geridas pelo J.P. Morgan (que não os produtos de liquidez e à vista) em alguns portfólios.
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Análise
A América Latina tem sido vista, historicamente, como uma esfera natural de influência para os Estados Unidos e um parceiro comercial importante, dada sua proximidade geográfica. Ainda assim, as relações entre as duas regiões já não são tão fortemente entrelaçadas quanto já foram no passado. Os governos recentes dos EUA focaram em outras regiões, incluindo o Oriente Médio e a Ásia, e o envolvimento com a América Latina diminuiu. Enquanto isso, nos últimos dez anos, a China expandiu consideravelmente a sua influência na região por meio do aumento no comércio, investimento e crédito. Conforme as tensões entre a China e os EUA continuam a aumentar, os laços próximos entre a América Latina e a China criam dilemas políticos importantes para o governo Biden. Este artigo explora até onde chega o poder da China na região e se a América Latina se mantem firmemente ou não dentro da esfera de influência dos EUA. Olhando para o futuro, será que os EUA estão querendo (e são capazes) de reconquistar a sua influência sobre a América Latina com o governo Biden?
A influência crescente da China na América Latina
Uma manchete de 2020 da revista Foreign Affairs afirma que Donald Trump colocou a América Latina nos braços da China. Na realidade, as relações entre a América Latina e a China já estavam se desenvolvendo muito tempo antes de Trump assumir a presidência, mas os laços comerciais e de investimentos aumentaram substancialmente nos últimos anos. No total, os EUA se mantêm como o principal mercado de exportação da América Latina, sendo responsáveis por US$ 467 bilhões (45%) do total das vendas de exportação, mas o México é responsável por cerca de 80% desses fluxos. Para muitos outros países, a China se tornou um parceiro comercial importante, com as exportações totais da América Latina atingindo US$ 126 bilhões em 2019 (e aumentando ainda mais em termos anuais nos primeiros três trimestres de 2020, contrariando as tendências globais).
É mais complicado quantificar a crescente importância da China nos fluxos totais de investimento para a região, pois alguns fundos entram nos países por meio de países terceiros (um estudo do Banco Central do Brasil, de 2016, estimou que 80% dos investimentos estrangeiros diretos (IED) da China entraram no país dessa forma). Do investimento direto da China para a América Latina, a maior parte é registrada como entrando pelas Ilhas Virgens Britânicas e Ilhas Cayman, mas esse não é o destino final desse tipo de investimento, que é canalizado por meio de empresas registradas nesses países para outros lugares da região.
Investimentos estrangeiros diretos (IED) da China na América Latina
Outros dados são mais fáceis de quantificar e apontam para o crescente envolvimento chinês na América Latina. Em 2020, as fusões e aquisições chinesas na América Latina atingiram US$ 7,7 bilhões – mais do que as fusões e aquisições por empresas europeias e norteamericanas juntas na América Latina. O investimento chinês em infraestrutura também é mais fácil de acompanhar, pois muito ocorre por meio da Nova Rota da Seda (seu programa de investimento estrangeiro de destaque). Desde 2017, 19 países na América Latina se uniram à iniciativa e, apesar de as quatro maiores economias da região (Brasil, México, Argentina e Colômbia) não terem aderido, todos os quatro países têm acordos bilaterais de cooperação em vigor para facilitar o investimento chinês no desenvolvimento de infraestrutura doméstica.
Uma fonte crucial de crédito bancário
A China também expandiu sua influência na América Latina, por meio da abertura de linhas de crédito para a região. O Banco de Exportação e Importação (EXIM) e o Banco de Desenvolvimento da China (CDB) agora são as maiores fontes financiadoras e, de maneira geral, emprestaram bilateralmente para governos na América Latina, assim como diretamente para empresas estatais. Parte disso está ligado a projetos específicos de infraestrutura ou a projetos de energia. Estimativas do setor privado sugerem que entre 2005 e 2019, o CDB e o EXIM tenham fornecido mais de US$ 137 bilhões em compromissos de empréstimo para governos da América Latina e empresas estatais. Para muitos países, os empréstimos chineses têm sido mais significativos que o crédito de instituições como o FMI, Banco Mundial e Banco de Desenvolvimento Interamericano.
Financiamento de estado para estado da China
A tentativa dos EUA de reconquistar influência na região
O governo Biden provavelmente vai se envolver mais com a América Latina do que seu antecessor. Os primeiros sinais sugerem que o Presidente Biden enxerga a região como estrategicamente importante, mesmo havendo prioridades em outros lugares. As políticas de imigração e segurança continuarão a ser importantes, mas uma nova área de foco vai emergir e o governo Biden deve explorar as possibilidades de trazer as cadeias de suprimentos de volta para mais perto de casa.
Em teoria, alguns países da América Latina estão bem posicionados para se beneficiar dessas tendências, especialmente o México, que já exporta quantidades consideráveis de bens manufaturados para os EUA. Esses foram responsáveis por US$ 371 bilhões em 2019 e, após caírem em meados de 2020, têm crescido novamente em base anual de forma firme desde o último mês de setembro. Há algumas evidências de que a guerra comercial EUA-China tenha impulsionado as exportações do México para os EUA, com algumas empresas chinesas movendo operações da China para o México para evitar tarifas sobre as exportações chinesas para os EUA, especialmente nos subsetores de produção de alimentos e equipamentos de transporte. O tratamento tarifário preferencial sob o tratado USMCA (acordo Estados Unidos-México-Canadá) também vai ajudar com isso, assim como alguns dos limites de alto valor regional sob o acordo USMCA (inclusive a exigência de que 75% das peças automotivas sejam feitas dentro da América do Norte, que vai incentivar a produção doméstica).
Além do México, a Colômbia e algumas partes da América Central estão mais bem localizadas para se beneficiar da possível estratégia de nearshoring. Esses países já têm acordos livres de comércio em vigor com os EUA e suas cadeias de suprimentos são, em graus variados, já integradas aos EUA. Os esforços para atrair empresas para longe da China já são evidentes. A agência de promoção de investimento da Colômbia, a ProColombia, lançou uma campanha em setembro de 2020 para persuadir empresas a se mudarem para a Colômbia. O foco principal estava em 536 empresas atualmente operando na China. A agência de promoção de investimentos na Costa Rica, CINDE, está buscando objetivos semelhantes, concentrando os seus esforços em produção de alta tecnologia e serviços de TI. A CINDE já mencionou especificamente uma estratégia "China mais um", que busca atrair empresas que não querem necessariamente abandonar as operações na China, mas querem diversificar sua base operacional, abrindo fábricas mais próximas do mercado dos EUA.
As perspectivas de crescimento contínuo da China na região
Apesar das intenções dos EUA de recuperar a influência na região, é pouco provável que os governos da América Latina abandonem os esforços de cortejar a China. As perspectivas econômicas da China em 2021 são consideravelmente mais sólidas do que de outras grandes economias (inclusive os EUA) e os governos da América Latina devem esperar que uma rápida recuperação estimule uma demanda Chinesa por suas próprias exportações. Em torno de três quartos das importações da China da América Latina são matérias-primas, principalmente commodities pesadas e alimentos do Brasil, Chile e Peru. O mercado chinês é o destino mais importante de exportação para todos esses países, sendo responsável por cerca de 30% da receita total de exportação. A demanda chinesa por todos esses bens deve se aumentar na medida em que o governo do país está buscando desenvolver uma recuperação guiada pelo consumo privado. Entretanto, as exportações para a China também são importantes para a Argentina, Colômbia, Venezuela e Equador, sendo responsáveis por 10 a 20% das exportações. Além da Venezuela, cujas exportações de petróleo para a China entraram em colapso em 2020 após um colapso econômico doméstico, a recuperação da demanda chinesa também deve servir de algum apoio às exportações desses países. A diversificação comercial está na pauta comercial da China, o que pode beneficiar também a América Latina no prazo mais longo.
O sucesso dos esforços dos EUA vai depender, em parte, da atratividade dos ambientes de negócio subjacentes dos países. É amplamente aceito o fato de que a diversificação da cadeia de suprimentos para além da China já havia começado antes da pandemia de coronavírus e que vai continuar enquanto persistirem as tensões entre EUA e China. Entretanto, o que é muito mais incerto é quem se beneficiará. Até agora, empresas diversificaram suas bases de produção para fora da China, mas outros países asiáticos (incluindo Vietnã e Taiwan) se beneficiaram bem mais do que a América Latina.
Destinos das exportações
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Escolhendo suas batalhas
Em vez de tentar influenciar todas as áreas da relação da América Latina com a China, o governo Biden provavelmente terá como foco áreas de importância crítica. A questão do desenvolvimento do 5G, por exemplo, será um assunto especialmente espinhoso, pois os governos da América Latina continuam a fazer parcerias com a gigante das telecomunicações chinesa, a Huawei, para desenvolver a tecnologia. Os EUA expressaram uma clara preocupação de que tal desenvolvimento representa uma ameaça à segurança e que isso comprometeria o futuro das relações entre EUA e América Latina, mas muitos países da região buscaram a Huawei para obter soluções de baixo custo e fizeram parcerias com a empresa na implementação de redes de quarta geração (4G). O dilema será especialmente intenso considerando-se que a infraestrutura das telecoms é uma área fraca do ambiente operacional em muitos países e os governos estão interessados em garantir o investimento nessas áreas para melhorar o fornecimento dos serviços. Não esperamos que a Huawei seja afastada do desenvolvimento do 5G na região, mas o debate poderá abrir a porta para outros players globais participarem.
É provável que os EUA continuem a prestar muita atenção nas práticas de empréstimo e investimento da China. Tradicionalmente, os empréstimos dos EUA têm muitas mais condições atreladas (seja bilateralmente ou por pressão exercida por instituições multilaterais como o FMI) do que os empréstimos chineses para a América Latina. Enquanto isso, os investimentos dos EUA na região têm algumas exigências e padrões de qualidade que são menos evidentes nos projetos de investimento chineses. Enquanto o presidente Biden busca adotar uma retórica menos agressiva em relação à China, há pouca indicação de que o seu governo estará menos preocupado com as práticas de comércio e investimento da China. É possível, portanto, que os governos latino-americanos continuem a sentir a pressão dos EUA nesse sentido; não acreditamos que a pressão será significativa o suficiente para interromper os laços comerciais e de investimento com os EUA, mas isso pode ser um fator que impeça um aprofundamento das relações entre a América Latina e os EUA.
Um delicado ato de equilíbrio
Muitos países da América Latina têm fortes laços comerciais e de investimento com a China e os EUA, e estarão buscando cultivar laços ainda mais próximos com ambos os lados. Até agora, esse equilíbrio tem sido possível, em parte devido ao fato de que as relações entre a América Latina e a China, por um lado, e os EUA, por outro, têm focado em áreas diferentes. A tendência tem sido de a América Latina exportar matérias-primas para a China, mas principalmente bens manufaturados para os EUA, enquanto o investimento da China tem se centrado em projetos de infraestrutura. Houve pouca sobreposição, evitando a competição direta entre os mercados dos EUA e da China.
Nossa previsão principal é que a maior parte dos países conseguirá reter esse equilíbrio, facilitando algum crescimento nas exportações e investimento na América Latina. Entretanto, há alguns sinais de que a China e os EUA possam exercer poder de maneira crescente sobre seus parceiros comerciais e de investimento, tornando-se impossível para outros países se manterem neutros. Isso seria menos problemático para os países com laços mais próximos com a China ou com os EUA (México, por exemplo, não seria muito atingido se tivesse que se realinhar de forma mais ostensiva com os EUA). Entretanto, países que dependem tanto da China quanto dos EUA de maneira mais equilibrada, como Peru, Argentina, Colômbia e Equador, seriam afetados de forma mais notável se fossem envolvidos na guerra comercial e forçados a escolher um dos lados.
Conclusão
A China expandiu sua influência na América Latina em anos recentes ao estreitar os laços comerciais, financeiros e de investimentos. Entretanto, para muitas economias – especialmente México e América Central – os EUA se mantêm um parceiro comercial crucial, enquanto os laços corporativos entre EUA e América Latina também continuam próximos. Nos próximos anos, a América Latina vai se manter presa entre dois poderes, pois as relações entre EUA e China continuarão carregadas. Os governos na região se esforçarão para maximizar todas as oportunidades em potencial que possam surgir, principalmente em termos de diversificação de cadeias de suprimentos, conforme as empresas reduzem sua dependência da China. Alguns países da região podem se beneficiar, mas serão principalmente os países próximos dos EUA e com um caminho já estabelecido de manufatura para exportação (principalmente o México). Entretanto, as economias asiáticas de baixo custo, como o Vietnã, representarão forte competição e limitarão o quanto a América Latina consegue obter de participação no mercado. Ainda assim, relacionamentos comerciais já estabelecidos com a China ajudarão a região a se recuperar de uma recessão bastante profunda induzida pelo coronavírus. A perspectiva de investimentos chineses renovados em projetos de infraestrutura na América Latina são um bom sinal para as perspectivas de médio prazo. São águas difíceis de navegar, com questões como o desenvolvimento do 5G impondo dificuldades específicas para legisladores na América Latina, mas a nossa previsão principal é que, enquanto os Estados Unidos podem focar no aumento da sua influência na América Latina, a China continuará a ser um parceiro comercial e de investimentos próximo da maioria dos países da região.