Estratégia de investimento
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A América Latina tem passado por uma considerável volatilidade e recebido ampla cobertura da mídia nas últimas semanas. Desde a significativa queda dos preços do petróleo até novas reformas em larga escala sendo aprovadas no México, os mercados emergentes têm presenciado eventos que contribuíram para o aumento dos níveis de volatilidade das ações, conforme observado no recente pico do índice VXEEM. As políticas dos bancos centrais latino-americanos também têm se distanciado das dos Estados Unidos, como no Brasil, onde os aumentos das taxas de juros começaram a conter a inflação persistente, em vez de cortes para reagir à desaceleração do mercado de trabalho. Os principais desenvolvimentos e divulgações de dados também mostram os diferentes cenários econômicos que vários países da região estão enfrentando.
Vamos analisar o que está acontecendo na região.
Sobre a macroeconomia:
Na política:
Nos mercados:
Em resumo:
De modo geral, a América Latina continua navegando por um cenário econômico complexo, com sinais mistos em diferentes países. Enquanto algumas economias mostram sinais de resiliência, outras enfrentam desafios consideráveis. Os bancos centrais da região estão equilibrando as condições econômicas domésticas com as tendências financeiras globais, o que leva a respostas variadas em termos de política monetária. Os desenvolvimentos políticos e as políticas fiscais também continuam sendo elementos críticos que influenciam a estabilidade econômica e o desempenho dos mercados. Apesar de cada país enfrentar fatores idiossincráticos e sensibilidades únicas ao cenário macroeconômico global, de maneira geral, a região nos parece estável.
Agosto de 2024 foi um mês memorável. A conversa nos mercados evoluiu de uma “inflação persistente” para “temores de recessão, versão 2,0”. A inquietação diminuiu quando o número de pedidos de seguro-desemprego apresentou um quadro melhor do que o esperado e os dados de inflação confirmaram uma tendência mais amena. Embora a recessão não seja nosso cenário base, os dados sobre o mercado de trabalho certamente devem ser levados em consideração. Ainda acreditamos que a economia esteja desacelerando, mas não despencando. Como afirmou o presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, no simpósio econômico de Jackson Hole, chegou a hora de ajustar a política monetária.
Isso soou como música para os ouvidos dos bancos centrais da América Latina. Embora a dinâmica do crescimento tenha sido mista entre os países, ainda há um viés de flexibilização entre os bancos centrais (ex. Brasil). Uma perspectiva mais dovish para a Reserva Federal deve permitir que as autoridades monetárias da região continuem a flexibilizar a política sem prejudicar suas moedas e arriscar uma reversão nas dinâmicas inflacionárias, sobretudo com a atividade resiliente no Chile e no Peru. Para o Brasil, embora a inflação esteja se movendo na direção certa, o crescimento superou as expectativas e, hoje, o mercado precifica mais de 100 pb em aumentos, o que está alinhado com a expectativa de nossos economistas (mais detalhes disponibilizados abaixo). No geral, o crescimento será desigual em toda a região e, o mais importante, terá um custo: a deterioração fiscal.
Abaixo, apresentamos um resumo dos principais eventos para a região e nossas mais recentes perspectivas por país. Vamos nos aprofundar.
No cenário macroeconômico
Como está o crescimento?
Qual é o nosso posicionamento em relação à política monetária?
E quanto à política fiscal?
Na política
Nos mercados
No geral, agosto de 2024 tem sido, de fato, um mês crucial, com os mercados transitando de preocupações com a inflação para temores de recessão. Os dados encorajadores do mercado de trabalho e o abrandamento da inflação proporcionaram certo alívio e, apesar de não prevermos uma recessão, o enfraquecimento da economia requer atenção cuidadosa. Os bancos centrais da América Latina estão prontos para continuar com a flexibilização, apoiados por uma perspectiva dovish do Fed, com o Brasil sendo uma exceção notável devido ao seu crescimento robusto.
Embora o panorama econômico geral continue misto na região, há sinais promissores de resiliência e recuperação em vários países. O Brasil continua superando as expectativas, e o Peru demonstra uma forte recuperação cíclica. Embora o México e o Chile enfrentem desafios, seus setores industriais oferecem esperança, e políticas monetárias mais fáceis devem proporcionar um contexto favorável ao crescimento (sem esquecer das restrições fiscais). O prêmio de risco certamente aumentou devido às peculiaridades de cada região e à incerteza decorrente da perspectiva global, mas acreditamos que a região, em sua totalidade, permanece tendo uma base sólida.
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