Estratégia de investimento
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No cenário global atual de investimentos, diversificar a renda variável vai além de uma postura defensiva: trata-se de uma estratégia para capturar oportunidades. À medida que os ciclos econômicos se diferenciam entre regiões, incluir ações de países emergentes nas alocações permite aos investidores acessar fontes únicas de retorno e contar com proteção contra choques externos. Com avaliações mais baixas e maior potencial de crescimento, os mercados emergentes podem gerar retornos atrativos e complementar de forma natural os portfólios existentes.
A importância dos ativos internacionais para os portfólios
A diversificação internacional reforça os portfólios ao mitigar riscos e aproveitar ciclos de retorno distintos em diferentes economias. Por exemplo, embora os ativos dos Estados Unidos geralmente tenham melhor desempenho quando o Federal Reserve reduz juros em ambientes recessivos, dados históricos mostram que exposições em moedas diferentes do dólar podem gerar retornos similares ou até superiores em ciclos de corte de taxas sem recessão. O comportamento de diferentes segmentos de ações de países emergentes em relação ao índice global de referência evidencia que períodos de fraqueza do dólar costumam coincidir com maior rentabilidade dos mercados emergentes.
Ao complementar a exposição a países desenvolvidos com ativos como ouro e ações de mercados emergentes, os portfólios mantêm sua resiliência diante de uma gama mais ampla de condições de mercado e ambientes monetários.
As tendências de correlação reforçam os benefícios de diversificação em mercados emergentes
Maximizar a diversificação exige analisar como os movimentos de preço de cada ativo interagem dentro do portfólio. Embora tanto as ações de mercados desenvolvidos quanto as de emergentes busquem valorização de capital no longo prazo, suas trajetórias nem sempre coincidem. Nos últimos anos, ambas apresentaram correlação fraca em termos de retornos totais móveis. Atualmente, a correlação de seis meses, de 0,38, confirma que não costumam se mover em paralelo, reforçando o papel das ações de países emergentes como diversificadoras eficazes dentro da renda variável.
Mercados emergentes, excluindo a China: uma oportunidade para ampliar a exposição à renda variável
A recente elevação na classificação dos mercados emergentes, excluindo a China, reflete uma oportunidade favorável para ampliar a exposição à renda variável, especialmente nos setores de tecnologia e serviços globais. Com a expectativa de que o Federal Reserve retome o ciclo de cortes e o dólar se enfraqueça devido à redução dos diferenciais de taxas, o contexto macroeconômico está cada vez mais favorável para ativos de países emergentes.
As preocupações sobre exposição ou correlação com a renda variável chinesa são amenizadas pela baixa correlação entre o MSCI Mercados Emergentes sem China e o MSCI China desde 2023. Essa característica, aliada aos benefícios de diversificação proporcionados pelos mercados emergentes quando combinados com a renda variável de países desenvolvidos, posiciona essas nações entre as principais beneficiárias no cenário atual.
As avaliações e o potencial de lucros diferenciam os mercados emergentes
Os mercados emergentes, excluindo a China, se destacam pela expectativa de um dólar mais fraco, risco limitado nos preços das commodities, avaliações mais baixas e sólido potencial de lucros. Projetamos uma desvalorização adicional de 3% a 5% do dólar nos próximos seis a doze meses, o que sustenta uma visão mais construtiva para ativos de países emergentes, historicamente favorecidos em ciclos de enfraquecimento da moeda americana. Soma-se a isso menor incerteza na política comercial global e estabilidade nos preços das commodities, fatores que reduzem riscos para a Ásia, região que concentra cerca de 75% dos principais índices de referência de mercados emergentes.
Do ponto de vista das avaliações, as ações de mercados emergentes continuam atrativas em relação às de países desenvolvidos. Embora o índice MSCI de renda variável de mercados emergentes esteja acima da média histórica, com múltiplo de 13,3x, as bolsas da Europa e dos Estados Unidos apresentam níveis significativamente mais altos, de 14,6x e 22,3x, respectivamente.
Taiwan, Índia e Coreia do Sul: Líderes em crescimento e retornos de mercado
Além das avaliações, alguns mercados emergentes, especialmente Taiwan, Índia e Coreia do Sul, apresentam sólido potencial de crescimento interno. Nossos economistas projetam que a Ásia emergente crescerá 4,7% em 2025, liderada pela Índia (6,8%) e Taiwan (5,8%), em contraste com a América Latina, que deve expandir 2,1% no mesmo período. Para países desenvolvidos, espera-se crescimento igual ou inferior a 2%, ou seja, abaixo dos pares emergentes.
Um aspecto cada vez mais relevante para os retornos dos ativos é a capacidade de um mercado avançar no mesmo ritmo de sua economia. Embora essa dinâmica seja comum nos Estados Unidos, não se replica em todos os países. O gráfico a seguir mostra os rendimentos das bolsas de cada nação junto com a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) nominal, evidenciando que o crescimento econômico nem sempre se traduz em retornos favoráveis no mercado de ações.
Como mencionado anteriormente, Índia, Coreia do Sul e Taiwan são alguns dos mercados de maior convicção, demonstrando relação positiva entre expansão econômica e retornos do mercado acionário. Os investidores, como sempre, devem ser seletivos dentro do universo de países emergentes para aproveitar tanto o benefício da diversificação quanto o potencial de crescimento.
Mitigando riscos de concentração na América Latina e outras regiões
A diversificação para mercados emergentes oferece uma alternativa atrativa para reforçar a resiliência dos portfólios e acessar fontes adicionais de retorno. Investidores expostos a países latino-americanos costumam enfrentar alta concentração: o índice MSCI América Latina é dominado por Brasil (60%) e México (27%), com cerca de 70% do peso nos setores financeiro, de materiais e de energia. Essa concentração pode gerar alta volatilidade e expor investidores a choques locais e riscos cambiais.
Em contraste, o índice MSCI Mercados Emergentes sem China aloca 31% ao setor de tecnologia, 20% ao financeiro e 8% ao industrial, com Taiwan, Índia e Coreia entre os países de maior peso. Esses mercados se beneficiam de tendências de crescimento estrutural, como semicondutores, adoção de inteligência artificial e serviços digitais, o que agrega valor à sua inclusão nos portfólios.
Ao diversificar fora dos mercados desenvolvidos, os investidores podem mitigar riscos de concentração e reduzir a volatilidade associada a choques setoriais ou locais. Com avaliações atrativas, maior potencial de lucros e exposição crescente a tendências de crescimento estrutural, a renda variável dos países emergentes está bem posicionada para se beneficiar dos ventos macroeconômicos favoráveis.
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