Estratégia de investimento

Avaliações na América Latina: Possíveis oportunidades para investimentos estratégicos?

A temporada de resultados começou nos Estados Unidos com um tom positivo. Das empresas que já reportaram seus lucros, quase 80% superaram as estimativas dos analistas. No quarto trimestre de 2024, esperamos um aumento de aproximadamente 13% nos lucros por ação, com um crescimento de dois dígitos baixos ao longo de 2025. Em geral, como indicado em nossas "Perspectivas 2025: Aproveitando a força", somos cautelosamente otimistas em relação às ações globais, com foco particular em oportunidades temáticas e setoriais. Apesar da recente volatilidade, antecipamos retornos moderados após um sólido desempenho passado, especialmente em setores como serviços públicos, tecnologia e financeiro, e favorecemos os Estados Unidos em relação a outras regiões, particularmente em comparação com mercados emergentes.

Embora a expectativa para a América Latina seja de que a geração de lucros na região se recupere, percebemos um ambiente de crescimento econômico complexo devido à incerteza comercial decorrente das recentes políticas tarifárias do presidente Trump nos Estados Unidos. A desconexão entre a incerteza macroeconômica e a solidez dos fundamentos corporativos, em um contexto de baixas avaliações, pode ser uma combinação atraente para assumir riscos táticos.

Nossos colegas do banco de investimento têm uma perspectiva mista para a região, mas mantêm uma preferência por México e Chile. No México, apesar dos desafios decorrentes das reformas constitucionais e dos riscos comerciais, a alta correlação com os mercados dos Estados Unidos, a antecipação de uma política monetária mais flexível e o crescimento resiliente dos lucros são fatores-chave favoráveis. Por sua vez, o atrativo do Chile está centrado em possíveis mudanças políticas, um ambiente de baixas taxas de juros e avaliações vantajosas, apoiadas por uma melhoria nos lucros e preços mais altos do cobre. No caso do Brasil, nossos analistas mantêm uma postura neutra, apesar das boas avaliações, pois persistem desafios locais e globais. No entanto, o risco de queda é limitado devido às avaliações, à fraqueza do real e à baixa exposição de investidores tanto locais quanto estrangeiros. A ausência de catalisadores de crescimento e desafios macroeconômicos os torna menos interessantes em comparação com seus pares regionais.

Na Argentina, que é um caso atípico na América Latina, o mercado registrou um notável retorno anual de 109,5% em 2024, o que indica que pode haver espaço para uma maior expansão das avaliações e recuperação dos lucros. O potencial de investimentos do país depende da continuidade das tendências positivas, como o possível levantamento dos controles de capital, a renegociação com o Fundo Monetário Internacional, bem como outros avanços adicionais focados na redução da inflação.

Em geral, espera-se que a recuperação dos lucros desempenhe um papel importante na América Latina este ano. O consenso antecipa uma sólida temporada de resultados para o quarto trimestre de 2024: aumento dos lucros de 10,3%, com nove dos 11 setores crescendo positivamente, liderados pelo industrial (+257%), tecnologia (+72%) e imóveis (+51%). Os maiores retardatários seriam energia (-11%) e consumo discricionário (-44%), afetados pelos subsetores de petróleo, gás e combustíveis consumíveis, e vendas no varejo especializadas, respectivamente.

Previsão robusta de lucros para o 4T24 na América Latina

Expectativas de lucros do índice MSCI EM LatAm para o 4T24

Este gráfico mostra as expectativas de lucros para o quarto trimestre de 2024 para o Índice MSCI Mercados Emergentes América Latina.
Fonte: FactSet e J.P. Morgan. Dados de 21 de janeiro de 2025.
De uma perspectiva por país, prevê-se que o Peru (+84%) e o México (+53%) liderem, impulsionados pelos setores de materiais (principalmente ações de mineração), imobiliário e financeiro. Por outro lado, o Chile parece ser o maior retardatário, principalmente devido aos setores de consumo básico, financeiro e materiais.

A perspectiva é de intensa dispersão entre os principais países, com a previsão de que o Chile será o principal retardatário.

Expectativas de lucros do índice MSCI para o 4T24

Este gráfico mostra as expectativas de lucros para os índices MSCI da América Latina, Peru, México, Brasil, Colômbia e Chile para o quarto trimestre de 2024.
Fonte: FactSet e J.P. Morgan. Dados de 21 de janeiro de 2025.
Dada a previsão de que os lucros melhorem no quarto trimestre de 2024 e durante 2025, o limiar de desempenho é reduzido. Em 2024, o índice MSCI América Latina perdeu 31%, com Brasil (-35%) e México (-30%) como os principais responsáveis pelo retrocesso. As avaliações na região estão em níveis bastante baixos, com um múltiplo de 8,4x em comparação com sua média de 10 anos de 11,5x. A Colômbia continua sendo o país mais barato, com um múltiplo de 6,8x em comparação com sua média de 10 anos de 9,8x, enquanto Chile e México parecem ser os mais caros.

As ações na América Latina estão sendo negociadas a preços baixos em relação à sua média histórica

Índice MSCI, múltiplo preço/lucro dos próximos 12 meses (NTM P/E) vs. média de 10 anos

Este gráfico mostra o múltiplo preço/lucro atual e a média de 10 anos para os índices MSCI de Peru, México, Chile, Brasil e Colômbia.
Fonte: Bloomberg Finance L.P. e J.P. Morgan. Dados de 7 de fevereiro de 2025.

Em relação a outras regiões, a seletividade é fundamental. Gostamos do Japão, dado seu foco em reformas estruturais, um iene mais fraco e a reativação econômica interna, assim como da Índia, pelos investimentos em infraestrutura e sua estabilidade política. Além desses dois países, preferimos ser cautelosos: recomendamos evitar a Europa e a maior parte dos mercados emergentes, devido à incerteza sobre as tarifas comerciais, um dólar americano forte e os crescentes desafios geopolíticos.

Esse panorama destaca a importância da gestão ativa e da busca por alfa em vez de beta nas carteiras, um tema recorrente em nossas Perspectivas 2025. À medida que o ano avança, a recuperação dos lucros e a dinâmica das avaliações desempenharão um papel crucial na definição de estratégias em diferentes regiões e setores. Os investidores podem se beneficiar se aproveitarem a volatilidade para aumentar sua exposição em renda variável por meio de investimentos seletivos e/ou notas estruturadas.

À medida que o ano avança, a recuperação dos lucros e a dinâmica das avaliações vão desempenhar um papel fundamental na definição de estratégias.

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