Economia e mercados

América Latina e as oportunidades em seu mercado de câmbio

23 de abr de 2024

Até agora, em 2024, o valor das principais moedas da região pode ser explicado pelo “carry”: as oportunidades que surgem com as transações entre moedas de vários países com taxas de juros diferentes.

O desempenho de uma moeda é o pilar fundamental de qualquer economia. Seu valor é influenciado por diversos fatores, tais como inflação, taxas de juros, déficits em conta corrente, dívida pública, desempenho econômico, entre outros. Até agora, em 2024, o valor das principais moedas da América Latina pode ser explicado pelo “carry”: as oportunidades que surgem com as transações entre moedas de vários países com taxas de juros diferentes.

Quanto maior o rendimento que uma moeda oferece, melhor é seu desempenho no acumulado do ano

Retornos reais de carry e retornos spot acumulados no ano em relação ao USD, %

Fonte: Fontes nacionais e Bloomberg Finance L.P. Dados em 2 de abril de 2024.
Este gráfico apresenta o carry real os retornos spot acumulados no ano de várias moedas em relação ao USD, em termos percentuais.
Isso é típico quando a volatilidade está baixa, um ambiente que prevemos persistir. Os riscos extremos na economia global estão diminuindo. Vemos menos chances tanto de uma recessão quanto do retorno a aumentos de taxa de juros destabilizadores.

A volatilidade do mercado de câmbio tende a estar correlacionada com a incerteza macroeconômica

Índice CVIX e índice de incerteza econômica global

Fonte: BBD, Deutsche Bank e Bloomberg Finance L.P. Dados em 8 de abril de 2024.
Este gráfico apresenta o índice de volatilidade (CVIX) e o índice de incerteza econômica global de janeiro de 2017 a abril de 2024.


O cenário macroeconômico tem ganhado ainda mais força ultimamente. O impulso da imigração para a oferta de trabalho nos EUA está preparando a economia para fornecer um crescimento sólido sem um ressurgimento significativo da inflação (mais uma vez comprovado no relatório do Mercado de Trabalho da última sexta-feira), enquanto dados recentes na UE reforçam nossa confiança de que o pior da desaceleração já passou, enquanto o cenário se prepara para uma modesta recuperação no crescimento.

Na América Latina, o processo de desinflação, aliado a consumidores resilientes, deu margem para os bancos centrais flexibilizarem ainda mais as condições financeiras. Aqui, embora as taxas de juros tenham de fato se atenuado consideravelmente em comparação com o ano passado, algumas começaram a sinalizar uma desaceleração em seu ciclo de flexibilização ou enfatizaram a “prudência” adiante (pense no Chile, México, Peru) à medida que a atividade começou a se recuperar mais uma vez. Inclusive, à medida que a atividade se intensifica, temos visto mais bancos centrais e economistas do setor financeiro revendo suas estimativas de crescimento para um patamar mais elevado. O Banco Central do Chile foi o último a aplicar um aumento nas suas expectativas de crescimento do PIB referentes a 2024 – para 1,0 a 3,0% (de 1,21% a 2,25%, anteriormente), após uma atividade econômica mais forte do que o previsto.

O ponto principal: A volatilidade do mercado de câmbio deve permanecer baixa à medida que os riscos extremos na economia global sigam diminuindo.

Aqui estão alguns aspectos que valem a pena ser observados nesse cenário:

1. Quando a volatilidade do mercado de câmbio está baixa, o carry é a sua melhor fonte de retorno. Isso aconteceu em 2023 e, até o momento, tem seguido o mesmo caminho este ano. Quando você ajusta o carry pela inflação (ou seja, Turquia e Argentina têm carry alto, mas não em termos reais), a correlação com os retornos este ano fica ainda mais clara.

A volatilidade do mercado de câmbio está extremamente baixa...

Volatilidade implícita de 3 meses em comparação com a faixa ao longo do último ano

Fonte: J.P. Morgan e Bloomberg Finance L.P. Dados em 9 de abril de 2024.
Este gráfico apresenta a volatilidade implícita de 3 meses e a faixa ao longo do último ano para o índice de volatilidade (CVIX), bem como para várias moedas (EUR, GBP, BRL, MXN, câmbio nos mercados emergentes).

2. Dentro do G10, o dólar americano é uma moeda com alto carry. Esperamos que, por hora, ele permaneça bem respaldado nesse espaço: nossa premissa básica continua indicando que, eventualmente, o dólar reverterá sua supervalorização no médio prazo. No entanto, a vantagem do carry do dólar dificilmente perderá força antes do segundo semestre do ano, no mínimo, e assim continuamos a favorecer posições longas para o dólar em relação à maioria das restantes moedas do G10, principalmente as de baixo rendimento na Europa, onde os bancos centrais podem estar partindo para uma flexibilização antes da Reserva Federal. Aqui, o franco suíço é nosso financiador preferido.  

3. O dólar americano não é uma moeda de alto rendimento em comparação com algumas moedas de países emergentes, como as da América Latina. Acreditamos que as moedas da América Latina de alto rendimento estão bem posicionadas para render retornos totais positivos em relação ao dólar – e superar outras moedas do G10 de rendimento mais baixo. Embora algumas moedas de alto rendimento tenham apresentado desempenho inferior (por exemplo, o real brasileiro), o fato foi parcialmente impulsionado por preocupações envolvendo riscos políticos. Em particular, estamos focados naquelas que têm altas taxas reais em relação aos Estados Unidos no momento, e que provavelmente continuarão a ter ao longo do ano – mesmo conforme os bancos centrais da região reduzam gradualmente as taxas dos níveis atuais.

A previsão indica que as taxas reais na América Latina passarão por uma queda, mas ainda serão substanciais no futuro previsível

Taxas reais na América Latina vs. taxas reais nos Estados Unidos

Fonte: J.P. Morgan Investment Bank. Dados de 8 de março de 2024.
Este gráfico mostra as taxas reais na América Latina vs. as taxas reais nos Estados Unidos para janeiro de 2023, hoje, bem como estimativas para o segundo e o quarto trimestre de 2024.
O que poderia interromper a história, na nossa opinião? Muitos destacam que, à medida que os bancos centrais da América Latina entram em uma flexibilização, sua vantagem de carry diminui. Isso significa que essas moedas podem perder respaldo? No entanto, gostaríamos de destacar que, embora o carry tenha passado por uma leve redução no último ano, a volatilidade tem diminuído a um ritmo ainda mais rápido. Portanto, embora moedas como o peso mexicano e o real brasileiro tenham perdido parte de sua vantagem de carry, seu perfil de carry trade ajustado à volatilidade, na verdade, o tem melhorado. Isso deve mantê-las fortemente respaldadas à medida que o ano continua. Em outras palavras, um aumento na volatilidade mais ampla é o risco para essas moedas, até mais do que os ciclos de corte dos bancos centrais. Em termos de quanto mais força poderíamos ver, é difícil imaginar uma valorização significativamente maior em termos absolutos, considerando o quanto moedas como o peso mexicano já se valorizaram e o escopo limitado para a volatilidade pode cair ainda mais. Isso nos leva a esperar por taxas de câmbio flutuando dentro de uma faixa próxima aos níveis atuais, o que deve permitir aos investidores continuar lucrando com o carry atraente que oferecem.

O aumento de carry trade ajustado à volatilidade apoia o MXN em relação ao USD

USDMXN vs. Índice carry trade ajustado à volatilidade em 1 ano

Fonte: J.P. Morgan e Bloomberg Finance L.P. Dados em 9 de abril de 2024.
Este gráfico mostra USDMXN vs. o Índice carry trade ajustado à volatilidade em 1 ano de julho de 2023 a abril de 2024.
No geral, enquanto o cenário de uma aterrissagem suave continuar se desenrolando e a incerteza se dissipar, ainda veremos uma volatilidade do mercado de câmbio contida. Portanto, todos os olhares se voltam para as moedas de alto rendimento, onde carry trades entram em jogo. Na América Latina, México e Brasil se destacam, pois suas economias foram impulsionadas por consumidores resilientes e mudanças estruturais – sobretudo no México, onde o ruído político não tem sido um problema recentemente. Como mencionado antes, apesar da previsão de queda gradual dos rendimentos, o que deve reduzir o poder do carry, uma vez que consideramos a menor volatilidade, as moedas parecem ainda mais atrativas e bem sustentadas.

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